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 [Sailor Moon] O amor nao deixa sinal no atendedor de chamadas

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3 participantes

Que acha dessa fic ^^
-Continua escrevendo *-*
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 67% [ 4 ]
-Podia melhorar algo(deixa post a dizer o porquê)
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-Tah pessimo, desista(deixa post a dizer o porquê)
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Tinoco-chan
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MensagemAssunto: [Sailor Moon] O amor nao deixa sinal no atendedor de chamadas    [Sailor Moon] O amor nao deixa sinal no atendedor de chamadas  EmptyQui Out 07, 2010 6:59 am

Eu queria ver da opiniao da galera, quanto a esta fic, porque estou pensando publicar ela num forum de Sailor Moon, e apesar de nao ser a primeira que escrevo, gostava saber o que o pessoal pensa dela.
Avisos a tomar em conta:
- Primeiros caps vao ter conteudo hentai e yuri
- Nomes vao de acordo com dublagem de Portugal, se percisar que eu diga quem é quem, eu passo os nomes originais com cada nome da dublagem portuguesa ^^
- Casal será Haruka Tenoh x Kunzite(um dos generais da Terra,ler Mangá de Sailor Moon pra entender quem eh, se nao viu a anime ^^)
- Toda a historia se passará três anos após o ultimo episódio de Sailor Moon (200)
- Pode parecer perva ao início mas nao é essa a minha intenção.
- Está escrita em Português de Portugal. Se houver alguma expressao que voces nao entendam, me pedem pra dizer o que significa por favor(nao quero suscitar confusoes ^^')

Por isso peço se voces acharem algo que nao gostarem, me digam, pra eu alterar, por favor sejam sinceros eu peço *-*, e tambem se forem muito sensiveis e nao gostarem de hentai ou yuri, passem na frente dessas cenas, visto que nao sao nem importantes para a trama ^^'

Índice:

Prólogo ________________________________________________ 1
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MensagemAssunto: Re: [Sailor Moon] O amor nao deixa sinal no atendedor de chamadas    [Sailor Moon] O amor nao deixa sinal no atendedor de chamadas  EmptyQui Out 07, 2010 7:03 am

[p.s: O double post eh para garantir que depois, se meu indice de capitulos se tornar grande demais, possa ter espaço para o publicar, sem ter de apagar o prólogo e publicar noutro post. Por favor nao o fundam, e porque me da mesmo jeito que esteja assim ^^' gomenasai se isso tras incomodo ^^''''']
Prólogo

*Flashforward*

- Haruka…

- Mariana…

Estávamos na nossa vivenda, a dez minutos do centro de Tóquio, Japão. Tinham-se passado três anos desde a batalha contra a Galáxia e eu, Susana, Octávia e Mariana vivíamos juntas desde então, numa mansão que eu e Mariana comprámos. Era grande, espaçosa, e tinha tudo aquilo que nós precisávamos.

Contudo, haviam coisas que não corriam bem.

Apesar de nos últimos tempos estar bem com Mariana, cada vez mais a sentia distante de mim.

Lembrava-me de, quando começámos a namorar, alguns meses depois de termos “renascido”, de certa forma; de lhe ter dito, olhando nos seus olhos azuis, com um ar profundo: "Eu não te prendo Mariana, e, se encontrares alguém, seja esse alguém outra rapariga, ou mesmo um rapaz que diga que te ama, e se amares esse alguém mais que eu, és livre de ir… Apesar de te amar loucamente, sou capaz de fazer isso por ti… Porque mesmo te amando, só te quero ver feliz…" Lembrava-me desse dia, como se fosse hoje. Lembrava-me das lágrimas salgadas de tristeza, que me começaram a cair pela minha face, e que foram secadas pelos beijos apaixonados de Mariana. Apesar de a amar, sabia que, possivelmente, mais tarde ou mais cedo, ela me deixaria, para ir para os braços de outra pessoa. Sabia bem que a nossa relação era efémera. Sabia também que não valia a pena depois ficar a chorar. Mas era demais para mim… Não suportava a ideia de uma separação abrupta. Amava-a demais, e, ao longo daqueles quase três anos, a paixão aumentara, e acho que já não seria capaz de sobreviver sem o seu amor.

- Haruka… Tenho algo para te contar… - Disse-me Mariana, com os seus olhos azuis a recaírem sobre o meu semblante tenso. O meu olhar acabou por se desviar das complicadas notas que eu insistia em tentar reproduzir nas teclas de marfim do meu piano, e, depois do baque surdo da tampa do piano a fechar-se sobre as teclas, olhei para ela, com um olhar meio lacrimejante.

- Diz… Mariana… Embora eu já calcule…

Eu sabia que ela, de há uns meses para cá andava a sair com um admirador dela, um tal de Jedite Okinawa, um rapaz loiro, alto e de olhos azuis, 21 anos de idade e uma paixão exacerbada por violinos. Sabia também que ele tinha três irmãos, Kunzite, de 27 anos, cabelo longo e prateado, olhos azul-cinza, ligeiramente mais alto e entroncado que Jedite; Neflite, de 25 anos, cabelo longo e castanho-arruivado, olhos verde-avelã, da mesma altura que o Jedite, mas de certa maneira, com um ar mais exótico que o irmão; e por fim, Zoicite, de 16 anos, cabelo longo também, mas o seu era num tom de castanho-alourado, de olhos verdes. Ele era, para além de ser o mais novo, o mais baixo dos quatro irmãos, embora tivesse uma maturidade superior à da maior parte dos rapazes da sua idade. Apesar de serem irmãos, as suas aparências, tão diferenciadas, fazia parecê-los tudo, menos irmãos. Eu já tinha tido a oportunidade de conhecer Jedite e Kunzite, nos bastidores de um dos concertos de piano que eu dera em conjunto com Mariana, como sempre, naquele ambiente de união e melancolia proporcionado pelos acordes do violino, e pelas notas tristes do meu piano de marfim. E ao ver aqueles dois, naquele espaço tão confiado, deu-me uma sensação daquelas… Senti-me ameaçada, não pelo facto de Jedite ter passado todo o tempo em que esteve a falar com Mariana, a olhar embevecidamente para ela, nem por Kunzite me ter fitado umas quantas vezes com um ar de curiosidade exagerada, mas pela aura que eles emanavam. Tinha uma ponta de maldade incrustada nela, e isso fazia-me não gostar muito deles. Contudo… Tinha de deixar passar, não podia fazer nada. Era apenas algo que eu sentia, e não sabia se Mariana sentia o mesmo que eu, pois ela nada me contava. Há algum tempo que se fechava para mim.

- Haruka, lembras-te… De há dois anos… Teres-me dito que me deixarias ir…

*Fim do flashforward*



Última edição por Tinoco-chan em Sáb Out 09, 2010 4:02 am, editado 2 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: [Sailor Moon] O amor nao deixa sinal no atendedor de chamadas    [Sailor Moon] O amor nao deixa sinal no atendedor de chamadas  EmptyQui Out 07, 2010 8:09 am

-Podia melhorar algo(deixa post a dizer o porquê)

Explicação:
~ O texto em si esta ótimo, eu crei que precise melhorá na organização:

  • Acho que você deveria primeiro definir melhor os paragrafos.
  • Vc deveria separá melhor as falas, por exemplo o ultimo paragrafo, depois da fala dele vc deveria ter começado outro paragrafo, assim evita que as pessoas se percam na história.
  • Por último algo besta mais importante, na fala que o narrador-personagem faz na memória, ela deveria estar em aspas "", assim firaria mais sensitivel a ao leitor que é uma fala.
Acho que só isso, mais esta um ótimo inicio de fanfic.
^^ Wink
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MensagemAssunto: Re: [Sailor Moon] O amor nao deixa sinal no atendedor de chamadas    [Sailor Moon] O amor nao deixa sinal no atendedor de chamadas  EmptyQui Out 07, 2010 8:31 am

Exato exato ^^
Mary-sama
arigatou por ter vindo desde logo comentar ^^
(tenho mesmo de assassinar o Forumeiros, por me estragar formatação do Word XD)
Mas vou seguir teus conselhos ^^ (e ver se me ponho fazendo as formataçoes dos caps antes de postar aqui. mas eu tinha tudo bonitinho paragrafos delineados mas por aqui tira format todo(estranho, porque noutro forum em que estou ela nao tira nao ^^')
Enfim... indo tratar disso antes de ir tomar banho para ir para o meu curso XD(bah que tristeza... XD)
Arigatou mais uma vez Mary, e continua seguindo ^^
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MensagemAssunto: Re: [Sailor Moon] O amor nao deixa sinal no atendedor de chamadas    [Sailor Moon] O amor nao deixa sinal no atendedor de chamadas  EmptySex Out 08, 2010 4:55 pm

tbm gostei bastante...mas como a marry disse: tem q definir melhor as falas ^^

no mais eu gostei ^^
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MensagemAssunto: Re: [Sailor Moon] O amor nao deixa sinal no atendedor de chamadas    [Sailor Moon] O amor nao deixa sinal no atendedor de chamadas  EmptySáb Out 09, 2010 4:09 am

Arigatou magnus ^^ bom saber que gostou ^^
Ja dei o jeito na penultima fala(tinha saido a correr pra ir pro curso depois d almoço e nao tinha tido tempo, mas ja o fiz ^^)
Dentro de algum tempo estarei postando primeiro cap ^^ fiquem atentos ^^
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MensagemAssunto: Re: [Sailor Moon] O amor nao deixa sinal no atendedor de chamadas    [Sailor Moon] O amor nao deixa sinal no atendedor de chamadas  EmptyQui Out 14, 2010 1:58 am

sem mais demoras, cap 1 ^^



Capítulo 1 – Desconfianças


Hoje é o primeiro sábado de Setembro, e eu fui sair um pouco para desanuviar. Como Mariana, Octávia e Susana, tinham ido às compras, para comprar as coisas para o regresso às aulas de Octávia, e a mim, não me apeteceu ir, mas também não me apeteceu ficar por casa, a olhar pelas paredes, e sem fazer nada, decidi ir dar uma volta pela cidade, e talvez passar no salão de jogos, em Tóquio. Só queria estar longe de casa, nada de mais. Estar em casa causava-me alguma angústia, sobretudo quando Mariana não está.

Quando ela está longe de mim, fico sempre a pensar no pior. Sempre a pensar que ela está naquele preciso momento a trocar-me por alguém. Mas depois ela aparece sempre com um sorriso afável, e os seus beijos quentes e apaixonados vêm acalmar a minha ânsia desmedida. Apesar de a amar imenso, não sei quanto tempo mais durará o nosso namoro.
Mas mesmo com isso tudo, mesmo com o amor que ambas sentimos uma pela outra, a nossa relação anda muito tremida. Podemos estar cheias de problemas, mas Mariana nem se esforça por me explicar o que está de errado. E eu fico sem saber o que posso fazer para melhorar tudo. Sinto-me
às vezes quase que desamparada, sem saber que rumo seguir, sem saber o que fazer. Mas de qualquer forma, lutava. Lutava para tentar fazer Mariana feliz, enquanto ela estivesse a meu lado.

Ao estar a andar de moto pelas ruas de Tóquio, com o vento a projectar-se contra mim, senti-me feliz. O vento ainda era algo que sentia com felicidade. O vento para mim era quase uma segunda vida, e sem ele, não sei o que seria de mim. Sentir-me-ia vazia sem poder sentir aquela brisa que corria de volta de mim, independentemente de os outros a sentirem ou não. Afinal, eu sou a guerreira dos ventos. Sinto e vejo coisas que as pessoas normais não vêem. Coisas que toda a gente ignora, por não ter a mente aberta o suficiente, ou meramente por não terem as capacidades que eu tenho. Contudo, não sentia com clareza tudo à minha volta. Parecia quase que estava tudo toldado por um manto de escuridão, tal como estava quando ainda nem sonhava que seria uma guerreira navegante. Um manto de escuridão, envolto em sonhos e maus agouros, que me diziam que possivelmente a Cara de Lua iria estar em perigo. Mas não queria acreditar. Há três anos que vivíamos em paz, sem inimigos, sem Starlights, sem nada. Era bom viver assim, uma vida pacífica.

- Haruka-senpai, que surpresa… - Ouvi uma voz por detrás de mim, que me soou conhecida, assim que entrei no salão de jogos. Acabei por me decidir a ir ali, pois precisava de desanuviar, e com os jogos de corridas que existiam no salão, este seria o escape perfeito para as minhas frustrações. Ao virar-me para ver quem me chamava, sorri. Um Mário, de sorriso afável e mão estendida, pronta a receber um aperto de mão, em trejeito de cumprimento, aproximou-se de mim. Eu sorri de volta, e apertei aquela mão esguia com vigor – Não estava à espera de te ver por aqui…

- É verdade que já fui aqui cliente mais assídua, Mário… Desculpa… Mas ultimamente tenho andado muito ocupada… Mas hoje decidi matar saudades do meu salão de jogos favorito. Há novidades por aqui?

- Mas qual é a semana em que não há novidades, Haruka? Chegou hoje mesmo… O jogo que te andava a prometer há meses… - Os seus olhos azuis brilharam com a ideia, e eu acabei por sorrir. Uh, vou ter algo novo para experimentar, vai saber-me bem… - E que consegui comprar com a tua ajuda… - Disse ele, acrescentando depois aquilo que eu ia para dizer. Eu sorri

- Estás a falar a sério? Já chegou? – Perguntei, ainda a receio que ele estivesse a gozar comigo. Desde o dia dos anos dele, há seis meses, que ele me andava a prometer aquele jogo, e até agora, não vira nada. Se bem que, em parte, a culpa não era dele… A culpa era da SEGA, que como sempre, estava atrasada nas entregas…

- Vê por ti mesma, Haruka. Está arrumado lá atrás, mesmo à espera de ser desempacotado, mesmo à espera que tu viesses… Está ali o espaço e tudo… - Ele levou-me na direcção das traseiras do salão, e mostrou-me a grande caixa onde vinha o jogo que eu tanto ansiava jogar: Daytona USA 2000 . Aquele jogo era a sensação dos outros salões de jogos japoneses, e há muito que Mário ansiava comprar para o salão, contudo por falta de dinheiro, nunca o tinha conseguido fazer, até que eu me metera pelo meio, e decidira comprar para ele, o tão ansiado tesouro. Só que demorara seis meses a chegar. E agora que tinha chegado, iria ajudar Mário a montá-la lá no seu lugar – Bem, julgo ser melhor despires o blazer…

- Oh… Claro. Não quero estragá-lo… Vou deixá-lo no balcão da entrada, aguenta aí um pouco… - Disse, enquanto voltava ao salão. A porta estava agora com o letreiro de “Volto já”, pois Mário, depois de me ter deixado entrar, fechara tudo.

Enquanto despia o blazer, relembrava o que tinha vestido naquela manhã, para sair, depois de Mariana, Susana e Octávia terem saído: Um blazer preto, que combinava com umas calças de ganga pretas, justas à cintura e à perna, como eu gostava; e uns ténis também eles pretos. A camisa era o único elemento branco na minha vestimenta, o que me dava um ar sombrio. Mas era assim que eu gostava de me sentir. Detestava multidões à minha volta, e como pessoa solitária que sou, gosto de poder estar sozinha. E aquela roupa era um bom mote para afastar as pessoas de mim. E sentia-me bem assim… A única pessoa que queria perto de mim, era Mariana, a luz da minha vida, a razão da minha existência. Mais ninguém era preciso para eu ser feliz. Tirando talvez os meus amigos, vá. São as excepções que eu tolero. Tudo bem que gosto de estar sozinha, mas também se não tivesse conhecido certas e determinadas pessoas, não seria o que sou hoje.

Depois de ter pousado o blazer em cima da bancada, arregacei as mangas da camisa, e voltei para as traseiras da loja, onde Mário, com uma gazua, tentava abrir a caixa de transporte da máquina de jogos. Ele ao ouvir os meus passos, virou-se para mim, e olhou para mim com um olhar, daqueles do tipo “Dá-me aqui uma ajuda”. Eu sorri, e ajudei-o a abrir a caixa. A felicidade que senti, assim que a tampa da caixa cedeu, foi sublime. Parecia uma criança a abrir uma prenda de Natal, com aquele sorriso infantil que os pais adoram ver nas crianças. Ao lembrar-me disso, desmanchei-me em gargalhadas. Mário não tinha entendido, mas depois de lhe ter explicado, ele riu-se também, e afirmou que se sentia da mesma maneira. Eu sorri, e depois, com a força dos dois, acabámos de desmantelar a caixa, para podermos contemplar a maravilha que iríamos levar para o interior do salão. Só que Mário encontrou algo que acabou por nos desiludir aos dois, e do qual nem nos tinham informado.

“Obrigada por adquirir este equipamento.
Para poder usufruir deste equipamento, terá de chamar um técnico qualificado em aparelhos electrónicos para fazer a instalação correcta do produto.
Mais uma vez obrigada pela confiança depositada nos nossos equipamentos.
A Equipa da SEGA©”


Uma etiqueta em tons de branco e azul estava pendurada no volante e quando a peguei para a ler, o meu sorriso desvaneceu-se, como se me tivessem tirado o presente das mãos.

- Desta não estava à espera… - Disse, largando a etiqueta e encostando-me à máquina, com um ar desiludido – Quando comprei a máquina, na SEGA ninguém me falou em nada disto…

- Pois… Como é a primeira vez que “compro” máquinas directamente na SEGA, não sabia disto… Parece que vai ter de ficar para a semana, Haruka…

- Sem problema… Ainda tens aí o Virtua Racer, não tens? Então serve-me perfeitamente, não te preocupes…

- Depois eu telefono-te quando tiver o jogo instalado…

- Claro. Agora vai lá abrir o salão. Eu vou dar uso às minhas moedas. Já falamos…

Mário assentiu com a cabeça, e depois voltámos para o interior do salão, onde crianças estavam a espreitar a ver se estava alguém para abrir o salão, visto que ele já estava fechado há meia hora. E afinal, era sábado, e a melhor coisa que podem fazer, é divertirem-se. Eu sorri, enquanto Mário foi abrir as portas. Enquanto isso, fui sentar-me em frente ao ecrã de jogo, e introduzi a moeda na ranhura, agarrando-me ao volante. A sensação que me deu foi de conforto, e também uma sensação de nostalgia. Fazia-me lembrar bons tempos, os tempos antes de conhecer Mariana, e de mudar toda a minha vida.
Lembrava-me como se fosse ontem.

*Flashback*

Era uma manhã muito agitada, pelo menos para mim. Seria a primeira vez que correria oficialmente, e sentia-me nervosa. O meu treinador dissera-me que não valia a pena estar enervada, pois eu tinha capacidade para vencer a corrida, por muito difícil que ela fosse, pois estava preparada para isso. Contudo, estou preocupada. Tinha medo que os nervos dessem cabo daquilo pelo que lutava há quase um ano. Um lugar de respeito por entre os rapazes, que afirmavam que as raparigas nunca seriam capazes de ganhar uma corrida. Isso irritava-me sobremaneira, pois detestava que os rapazes se armassem em superiores perante as raparigas. Queria apenas provar que as raparigas conseguem ser tão boas quanto os rapazes na Fórmula 1, ou em qualquer outro desporto motorizado.

- Haruka… Está na hora… Estás pronta? – Ouvi a voz do meu treinador ecoar pela box do Autódromo de Tóquio. Eu peguei no capacete, e limitei-me a pô-lo na cabeça. Apesar de agora tremer que nem varas verdes, sentia-me pronta para mais uma corrida. Mais uma corrida, que eu esperava que acabasse em vitória…

Não me lembro de nada do início da corrida, apenas de colocar as mãos no volante, e de me deixar levar…

*Fim do flashback*


Quando dei por ela, já tinha ganho três corridas contra o computador. Tornara-se repentinamente aborrecido. Eu já estava habituada a vencer aquele jogo contra o computador, até no nível mais difícil. Eu era a ídolo de muitas crianças que jogavam também aquele jogo, e naquele preciso momento, tinha três delas atrás de mim, a fitar por cima do meu ombro admiradas. Junto delas estava também um rapaz de olhos verde-avelã, e cabelos longos, de um tom castanho-arruivado, vestido com roupas casuais, tipo turista ou algo assim; que fitava igualmente o meu ecrã de jogo. Timidamente, ele chegou-se à frente das crianças, aproximando-se mais de mim, e depois, com uma voz clara e melódica, pediu-me:

- Posso fazer uma corrida contra ti? Se quiseres claro… – Eu fiquei atónita a olhar para ele. Nunca ninguém me desafiava, pois sabia que era certo perder. De qualquer modo, sorri sarcasticamente, e depois, estendendo a mão na direcção da cadeira ao lado à minha, fiz um gesto que queria dizer “Senta-te e aprecia a derrota”. Eu já sabia que iria ser canja. Mas de certo modo, acho que estava a subestimá-lo…

Ao introduzir mais uma moeda na ranhura, apareceu o menu do jogo. Escolhi o modo versus, e assim começou a corrida entre mim e aquele rapaz desconhecido que me desafiara. A corrida começara normalmente, mas de repente, tive uma sensação estranha. Sentia que os ventos me queriam avisar de algo. Algo bem perto de mim, uma energia negativa… Algo não estava bem. Olhei para aquele rapaz de cabelos arruivados, e o seu semblante angelical continuava absorvido na corrida que eu deveria ganhar, e da qual me tinha esquecido completamente. Quando olhei para o ecrã, o meu carro já se tinha despistado. Eu fiquei com o olhar perdido no ecrã. Não podia ter acontecido. A mensagem de “Game Over” corria no meu ecrã, e eu levantei-me. Fartei-me daquele jogo. E para além demais, ficara com a desconfiança gravada no meu pensamento.

- Foi uma boa corrida, miúdo… - Disse-me o rapaz de cabelos arruivados, que, e como a maior parte das pessoas, me confundiu com um rapaz. Depois, ele estendeu a mão, em trejeito de cumprimento, a qual apertei, e depois apresentou-se – Neflite Okinawa, muito prazer…

- Haruka Tenoh… - Limitei-me a dizer. Sabia que agora viria uma daquelas reacções típicas dos rapazes. Todo o mundo masculino, que adorava o mundo dos motorizados conhecia-me por, há quatro anos, ter derrotado o Yamada. Contudo, ele surpreendeu-me. A sua reacção foi tudo menos aquilo que eu estava à espera.

- Tenoh… Esse nome não me é estranho… Bem, espero encontrar-te mais vezes aqui, Haruka… - O rapaz sorriu-me e depois foi-se embora do salão, num passo altivo e calmo, o que me deixou completamente K.O. Bem, vá-se lá entender a mente masculina… Eu é que já não pesco nada disto… Ai, Mariana… Já estarás em casa? Bem, eu vou voltar para casa, já descarreguei as frustrações todas, e já não faço nada aqui… Ai santa paciência que é preciso ter…
Os três miúdos ainda olhavam para mim, admirados, talvez por me ter deixado vencer por aquele estranho rapaz, que aparecera do nada. Eu sorri-lhes, e depois fui ter ao balcão, ter com Mário, e fui buscar também o meu blazer, que lá ficara.

- Então Haruka, já te fartaste? Vi a derrota que sofreste… Não estavas com muita atenção pois não?

- Nem por isso, não estava minimamente interessada em ganhar... E sim, vou andando. Tenho de ir para casa, tenho pautas para decorar. Amanhã lá estou eu de volta aos concertos. Não que me apeteça muito, mas pronto. Manda um abraço à Fernanda por mim…

- E tu manda outro à Susana e à Mariana. Diz a elas para passarem por cá um dia destes…

- Claro… Agora tenho de ir… Adeus…

Saí do Salão e fiquei tempos a olhar para a mão que usara para apertar a de Neflite. Ao apertar a sua mão, uma energia estranha trespassara-me o espírito, e parecia quase que recordações de um passado muito distante me tinham passado pela mente. Mas mesmo assim, aquela sensação de algo estranho, uma energia negativa, vinda dele, deixa-me desconfiada. Não sei o que fazer mas… Sem ter provas, não posso fazer nada. Mas mesmo assim desconfiava dele. Era estranho, alguém que nunca conhecera antes, me dar aquela sensação de que já a tinha visto antes, e aquele rapaz, Neflite, parecia-me algo familiar, de certo modo.
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