Capitulo I: Um dia Comum
Era de manhã bem cedo e como de costume, Megumi estava no para peito
do telhado da escola, com o vento em seus cabelos, escutando música e
pensando na vida.
~ Megumi Pov ~
- O que ela quis dizer
com outros guardiões? O que aquela velha tá planejando?! Melhor, o que
esses velhos tão pensando. Só ficam sentados vendo os outros
trabalharem. Aff.
Calma, Megumi. Calma, alguma coisa deve ter passado da sua atenção, vamos lembrar a conversa de ontem.
~ Flashback ~ POV ~
- Pronta Meg-chin? – disse o Tio.
- Eu que estou te esperando. ¬¬’ – respondi a ele.
- Então vamos! Ōpundoa sunpō - kakusa reta sekai
Com o pronunciamento dessas palavras, uma espécie de fenda se abre em
pleno ar e, aos poucos, vai aumentando de tamanho até tomar a forma de
uma porta arredondada. Então, eu e meu tio o atravessamos.
- Bem
vindos, ao Shinkai no! Hikai no banem a kage no shugo-sha os aguardam. –
disse um guarda quando chegamos ao palácio Kuroi Hõseki.
Ele nos
guiou até uma grande porta acinzentada de aparência semelhante a
mármore, depois falou algo com um dos guardas que estava ao lado da
porta e ela se abriu. A luz que vinha de dentro ofuscou-me um pouco
visão no começo, mas logo me acostumei. Quando finalmente comecei a
entrar na grande sala a frente, que, na verdade, era o escritório dela,
deparei-me com ela sentada perto de uma enorme lareira.
- Esperem aqui - disse o guarda que nos acompanhava.
O guarda aproximou-se dela e a avisou de nossa presença, notei que
havia vários guardas na sala. Ela levantou-se e começou a vir em nossa
direção. Confirmei os rumores que ouvi sobre sua beleza. Realmente ela
era linda, com lisos e longos cabelos ruivos como chamas ardentes, olhos
verdes como duas esmeraldas, pele branca de uma aparência muito
delicada. Sua forma física causaria inveja até a mais linda das mortais.
De fato ela honrava a sua raça, sim os elfos são criaturas muito
belas. Quando se aproximou de nós, disse-nos: “Sentem-se.”, na verdade
ela parecia cantar. Segui meu tio até um sofá próximo a poltrona em que
ela estava sentada, mas com os olhos seguindo sua beleza. Não pude não
invejá-la, nem que fosse um pouco.
- Finalmente pude conhecer a
famosa guardiã do mundo humano, Megumi Takanashi. Bem vinda ao Shinkai
no! - disse ela enquanto dava um gracioso sorriso de boas vindas. Esse
sorriso a fez ficar ainda mais linda. Eu estava tão encantada que quase
me esquece de agradecer.
- Obrigada, o prazer é todo meu. – disse meio sem jeito.
- A Megumi realmente honra o nome dos Takanashi.
Megumi?! Foi espantoso ouvir meu tio sendo tão formal, mais fiquei feliz que ele se orgulha de mim.
- De certo, todas as gerações dos Takanashi vêm honrando o seu papel. –
falou a kage no shugo-sha. Ela falou num tom de: “Espero que assim
permaneça.”, que um calafrio subiu-me pela espinha.
- Mais do que se trata o assunto desta reunião?
- De fato é um assunto delicado, então vou ser direta. O Shinkai no
está em grande perigo, juntamente com seu mundo humano. Descendentes de
Morlok tem aumentado suas atividades nos últimos 50 anos.
-
Concordo isso é algo preocupante. – disse meu tio com uma cara
pensativa. – E creio que a senhora já tenha um plano em menti. Estou
errado?
- Não, pedi esta reunião, pois quero unir forças. Que todos os guardiões defendam juntos o Asutoraru uchū.
- Guardiões?! – falei intrigada, não pude ficar apenas calada. – Pensei ser a única guardiã, não sou?
- Oficialmente você é a guardiã humana, porém temos registro de outro
guardião. Na 900° geração de sua família o guardião da época além de ter
um filho com sua esposa, teria tido outro não registrado com uma
camponesa. Este filho carregou os dons adormecidos de um guardião até a
geração atual. – disse ela com um tom intrigante.
- Você conhece
muito bem a história de nossa família. – comentou meu tio, mas acho que
ele não tinha intenção de falar em voz alta.
- Temos que conhecer a
quem estamos colocando o Asutoraru uchū em mãos. O futuro do nosso
mundo e de tudo que conhecemos estão em responsabilidade deles, eles
devem esta preparados para uma guerra futura.
- Não se preocupe Yami-sama eles estarão preparados. – disse meu tio num tom de desafio aceito.
- Então acho que estamos combinados, mandarei o meu braço direito
apresenta-lhes os guardiões do Shinkai no. O que creio que em breve
ocorrerá. – disse enquanto sorria um sorriso ainda gracioso, mais
perceptivelmente falso.
- Guerra? Guardiões? Porque vocês não
perguntam minha opinião? Alguém me perguntou se eu queria ser guardiã?
Não. Alguém se importa com o que eu quero? Não. Eu não quero ser
obrigada a defender um bando de folgados, que acham que tudo gira em
torno dos seus próprios umbigos. – falei entre gritos e entre fôlegos,
como eles podem falar de mim e dos outros como se fossemos meros
bonecos? Eles me irritam, pensei de cabeça baixa, quando a levantei vi a
expressão confusa do meu tio e a expressão de vitória da Kage no
shugo-sha.
Ela sorriu enquanto se aproximava de mim e falou:
-
Querida Megumi, entendo que os seres humanos são seres deprimentes, ou
pelo menos sua grande maioria. Mais se estivesse em seu lugar e houve-se
um único humano com bondade, humildade e caridade no coração. Lutaria
para salva-los pois ainda haveria esperança para toda raça humana.
~ Fim do Flashback ~
Tlim... Tlim... Tlim...
O sinal tocou, revelando que logo começaria a aula.
Megumi
desceu as escadas até chegar ao segundo andar, onde encontrava o 1-b,
as palavras da Kage no shugo-sha ecoavam na sua cabeça. Entrou na sala e
como de costume sentia olhares a seguindo, sentou-se em sua carteira
que ficava ao lado da janela. Não tardou muito e o professor entrou na
sala,
- Levantar! – disse ele pouco depois e todos se levantaram. -
Cumprimentar! – continuou ele, e todos fizeram reverencia, dizendo:
“Ohayou Gosaimasu, sensei!”
Assim todas as aulas começavam, mais
ela geralmente ficava observando o céu, límpido e azul, mais naquele dia
o céu não estava mais tão azul, nem mesmo tão límpido, ele tinhas
algumas nuvens negras e pesadas, que ela sabia muito bem que
significavam. A sua tão amada chuva.
Megumi ainda contemplava o céu
quando o sinal mais uma vez tocou e como previa a mesma começa a chover
levemente. Então arrumou suas coisas e dirigi-se ao armário para pegar
suas botas de chuva, pois sempre mantinha um par pra casos como estes.
-
Konichi wa Takanashi-chan! – disse um menino de altura mediana, com
olhos castanhos escuros, cabelos de mesma tonalidade, que estavam
levemente arrepiados. Ele tinha um aparência franzina e continha em mãos
um grande guarda-chuva. Com ele estava uma bolsa de lado e um grande
sorriso.
Mas distraída com a música e de cabeça baixa para colocar o
último par de botas, não o escutou. Ele percebendo tornou a falar num
tom mais alto:
- Konichi wa Takanashi-chan!
- Konichi wa
kimura-kun!- disse Megumi enquanto tirava um dos fones do ouvido e se
levantando. Deu um meio sorriso e começou a caminha em direção a saída
adiante.
- Takanashi-chan, você não quer que eu te leve pra casa? –
disse Kimura todo sem jeito. Ao ver a reação dela, emendou. - Quer...
Quero dizer você tá sem guarda-chuva e se for pra casa nesse clima pode
ficar doente.
Ao contrario de outras Megumi não procurava medir
palavras, mesmo sabendo que estava querendo ser gentil, ela
simplesmente estava mentalmente ocupada, pra tentar se preocupar com um
garoto qualquer.
- Não é necessário que ninguém me leve pra casa, sei
o caminho e amo chuva, nada melhor que banho de chuva pra lavar a alma.
- Respondeu ela num tom imparcial, como se estive-se dando o veredicto a
um julgamento, enquanto pegava sua mochila e dirigia-se a saída. O
pobre Tsubasa ficou apenas a observando partir.
- Ah! Não precisa se
preocupar, sei me cuidar sozinha. - disse enquanto caminhava e colocou o
Ipad no bolso e o fone de volta ao ouvido.. Aquela frase pareceu o
animá-lo, porém não sabia ao certo porque falara aquelas palavras, eram
falsas até pra ela mesma.
Enquanto ela andava, um carro estacionou
em frente a escola, era elegante e refinado, um Mercedes-Benz S600
Pullman Guard. A porta da frente do passageiro se abriu e de lá saiu um
Homem franzino, com um enorme guarda-chuva, e, seguida o abriu
juntamente com a porta dianteira do Mercedes, colocando o guarda-chuva
acima da saída do carro. De lá saiu um homem na casa dos 40 anos, mais
com uma ótima aparência física, com uma barba cerrada, cabelos curtos e
ondulados, penteados levemente para o lado esquerdo e de estatura
mediana. Carregava uma grande maleta preta de alças prata.
Ele
começou a andar em direção ao prédio principal da escola, o seguindo ia
homem franzino segurando o guarda-chuva protegendo-o. Poucos passos
adiante cruzaram com Megumi que escutava música no seu máximo volume,
que dava até para escutar passando perto dela:
"...And I've got nothing to say E eu não tinha nada a dizer
I can't believe I didn't fall right down on my face Eu não acredito que não caí na real
(I was confused) (Eu estava confuso)
Looking everywhere only to find Olhando para todo lugar só para encontrar
That it's not the way I had imagined it all in my mind Este não é o jeito que eu imaginei na minha mente
(So what am I) (Então o que eu sou)
What do I have but negativity O que eu tenho além de negatividade
'Cause I can't justify the way, everyone is looking at me Porque não posso justificar a forma que todo mundo está olhando para mim
(Nothing to lose) (Nada a perder)
Nothing to gain - hollow and alone Nada a ganhar - vazio e sozinho..."Enquanto
ela despreoculpada caminhava pra casa torcendo que consegui-se chegar
antes que começa-se seu anime favorito, o homem com a maleta tinha em
seus pensamentos uma única frase: " Acho que estou prestes a encontrar
meu precioso trófeu."
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CA:
Bem demorei um século pra fazer esse capitulo, sem falar que pra ser
sincera eu não gostei dele(acho que ta sem graça T.T #Apanha#) "FATO".
Mais espero que gostem, sei tbm que em algumas palavras vocês estam
perdidos, depois coloco no primeiro poste o dicionário da fic ^^
Trilha Sonora: Somewhere I belong - Linkin Park
Prévia:
Será que o orgulho compensa? Como será os outros guardiões? qual o
troféu do misterioso senhor? Mistérios e mistérios, que se desvendam com
o temido tempo.